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Produtividade, tecnologia e energia limpa: Intermodal South America debate os motores do futuro econômico brasileiro

Evento acontece de 22 a 24 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo

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São Paulo, abril de 2025 – O segundo dia da 29ª Intermodal South America trouxe muita informação e atrações para o Distrito Anhembi, em São Paulo. Os visitantes puderam acompanhar temas de relevância nacional e internacional no 3º Interlog Summit, composto pela Conferência Nacional de Logística, com curadoria da ABRALOG, e pelo Congresso Intermodal, além de conferir as últimas novidades em inovações nos estandes das mais de 500 marcas expositoras.

 

Caminhos econômicos para o Brasil 

A jornalista e analista de economia da CNN Brasil, Thais Herédia, abriu os paineis do segundo dia da Intermodal South America 2025 com um panorama da situação econômica brasileira. Sob o tema “Macroeconomia Brasil: desafios para confirmar a própria potência”, Thais iniciou sua apresentação destacando a encruzilhada econômica atual: o Brasil pode seguir crescendo de forma moderada, como tem feito nos últimos anos, ou finalmente apostar na produtividade e na competitividade para alcançar um desenvolvimento transformador. “Crescer em ritmo médio tem funcionado, mas não muda o país. O caminho da produtividade é mais difícil, mas é o que nos coloca de verdade entre as grandes potências”, afirmou.

O crescimento do PIB de 3,2% em 2024 foi destacado como um sinal de fortalecimento. “É um ganho de musculatura. Dobrar o crescimento desde 2017 nos mostra que há forças em movimento”, disse. Dois motores principais explicam esse avanço: o consumo das famílias e a força do agronegócio — este último responsável por 25% da economia brasileira e por movimentar riqueza em diversas regiões do país, especialmente no centro-oeste.

Thais também ressaltou os impactos positivos da queda histórica na taxa de desemprego, agora em 6,5%, e o papel da reforma trabalhista nesse cenário. “A flexibilização dos contratos se mostrou estratégica, especialmente na pandemia, ao antecipar mudanças legais e tecnológicas no mundo do trabalho. Certamente isso vem incentivando esse percentual”, ressaltou.

O crescimento do crédito, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas - fator decorrente da chegada dos bancos digitais e fintechs - também ampliou o acesso e dinamizou o mercado. No entanto, o aumento do endividamento das famílias e os altos gastos públicos acendem alertas. Segundo a jornalista, há distorções econômicas que precisam ser enfrentadas, como o excesso de benefícios tributários, a PEC dos precatórios e o crescimento exponencial das emendas parlamentares que pressionam a sustentabilidade fiscal.

Encerrando sua fala com uma mensagem construtiva, a analista defendeu a retomada dos investimentos com mais velocidade e o controle dos gastos públicos. “Há uma engrenagem funcionando. Se cuidarmos dos pilares corretos, o Brasil pode sim confirmar sua potência, mas, para isso, é preciso atuar na raiz da distorção econômica: o gasto público.”, enfatizou. 

 

Sustentabilidade também é economia

Em um cenário em que o controle da inflação e a busca por estabilidade macroeconômica são prioridades, pensar no futuro da matriz energética brasileira torna-se ainda mais urgente. Afinal, decisões sobre os combustíveis que irão sustentar o desenvolvimento logístico e industrial do país impactam diretamente os custos de produção, a competitividade dos modais e, por consequência, o desempenho econômico nacional. 

Por isso, o segundo painel da tarde desta quarta-feira (23) no Interlog Summit colocou o tema em pauta. Líderes de grandes empresas e representantes do setor logístico participaram do painel “Qual o combustível do futuro no Brasil? Os melhores caminhos para cada modal”. O debate, moderado pela diretora executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), Marcella Cunha, abordou os desafios e avanços na busca por soluções sustentáveis nos transportes, passando por temas como eletrificação de frotas, biocombustíveis, investimentos em inovação e metas de descarbonização.

Marcella destacou o papel estratégico dos operadores logísticos nesse processo. “São eles os grandes protagonistas na transição para uma gestão mais moderna e sustentável nas operações, especialmente no transporte multimodal”, afirmou. No entanto, segundo uma pesquisa conduzida pela ABOL, apenas 3% dos operadores logísticos conseguem repassar integralmente os custos relacionados à descarbonização para o preço final dos serviços, enquanto 17% conseguem repassar apenas uma parte. “Esse dado mostra o tamanho do desafio que temos pela frente para tornar essa transição viável economicamente”, acrescentou.

O Sales Managing Director na FedEx, Eduardo Araújo, reforçou o compromisso da empresa com a sustentabilidade. “A FedEx entrega 17 milhões de pacotes por dia, por isso, enxergamos que buscar formas sustentáveis de descarbonização é uma obrigação das empresas”, disse. A meta da companhia é alcançar a neutralidade de carbono até 2040, com um investimento global de US$ 2 bilhões destinados a ações de eletrificação de veículos, uso de energia renovável e projetos de sequestro de carbono. Entre os destaques, estão os US$ 100 milhões aplicados em pesquisas na Universidade de Yale. No Brasil, a FedEx já conta com iniciativas sustentáveis, como a instalação de placas solares em armazéns e testes com veículos elétricos em áreas urbanas.

Para o CEO da LOTS Group, Edson Guimarães, a transição energética já está em curso. “Hoje, nosso core é ajudar justamente nesse processo. A Europa é pioneira, principalmente com foco no elétrico, e existe um hiato de quatro a cinco anos de maturidade em comparação com o Brasil. Mas estamos no caminho certo para alcançar esse estágio nos próximos anos”, avaliou. 

A LOTS Group já opera frotas movidas a biometano, em parceria com a Scania, e defende uma matriz energética diversificada. “A logística rodoviária do futuro será composta por uma miscelânea de soluções — elétrico, biometano, biodiesel, hidrogênio. O mais importante é entender qual tecnologia se aplica melhor à realidade de cada cliente, levando em conta distâncias, regiões e a disponibilidade de fontes verdes de energia”, explicou.

Representando o setor aéreo, o diretor da Latam Cargo Brasil, Otávio Meneguette, compartilhou as ações da companhia rumo à neutralidade de carbono. “A Latam opera com 21 aviões e transporta cerca de 1 milhão de toneladas por ano. Acreditamos que o meio influencia nossas ações e que é fundamental ter identificação cultural com o ecossistema onde atuamos — no nosso caso, a América do Sul”, disse. A empresa já patrocina estudos em parceria com instituições como o MIT e a Airbus, além de estabelecer metas ambiciosas: reduzir 50% das emissões até 2030 e alcançar a neutralidade total até 2050. “Ainda não existe uma solução única. A bala de prata simplesmente não está disponível. Precisamos de inovação contínua e de ações coordenadas”, concluiu.

O painel mostrou que, embora não exista uma solução isolada para os desafios da descarbonização, há consenso sobre a necessidade de colaboração entre empresas, governos e instituições de pesquisa. A construção de uma matriz energética mais limpa e eficiente para a logística depende de investimento, inovação, conhecimento técnico e, sobretudo, de um olhar estratégico para cada realidade operacional.

 

IA na cadeia de suprimentos

Encerrando o segundo dia da Intermodal South America 2025, o professor e pesquisador Pedro Amorim, da Universidade do Porto e do Insper, apresentou um panorama das tendências tecnológicas que estão transformando a logística global. Em sua palestra, Amorim defendeu que a Inteligência Artificial já deixou de ser uma promessa para se tornar um ativo estratégico na cadeia de suprimentos — área que, paradoxalmente, ainda é uma das que menos adotam essa tecnologia, de acordo com Amorim.

Com base no conceito das chamadas Cadeias Triple A — Ágeis, Adaptáveis e Alinhadas — o especialista ressaltou que o futuro da logística passa necessariamente pela aplicação estratégica da IA. “Agilidade é antecipar cenários, adaptar processos e responder rapidamente às mudanças do mercado. Isso só é possível com o uso inteligente de dados e tecnologia”, explicou. Ele citou como exemplo uma empresa de semicondutores que, ao adotar IA para otimizar estoques, conseguiu ampliar significativamente seu retorno sobre investimento (ROI).

A IA também contribui para a adaptabilidade, ajudando as empresas a compreenderem melhor o comportamento do cliente e ajustarem suas estratégias de forma mais precisa. Já o alinhamento — terceiro A da tríade — depende da capacidade de integrar objetivos entre todos os elos da cadeia de suprimentos. Segundo o especialista, empresas desalinhadas sofrem com o efeito chicote, que gera distorções entre oferta e demanda. “A IA pode extrair valor de dados dispersos em contratos de fornecedores, call centers e relatórios, promovendo decisões mais coerentes e unificadas. Esses dados eram, até então, pontas soltas, mas agora podem compor em conjunto a estrutura dessa tecnologia e agregar valor às informações”, afirmou Amorim.

Além da Inteligência Artificial generativa, outras tecnologias como aprendizado de máquina, gêmeos digitais e analítica avançada também foram destacadas como aliadas importantes da logística moderna durante a palestra. Amorim finalizou sua apresentação lembrando que a tecnologia, por si só, não é solução. “A IA é um meio. O que agrega valor de fato são as pessoas que pensam estrategicamente, interpretam dados e conduzem as transformações”, enfatizou. 

A 29ª Intermodal South America segue até quinta (24) no Distrito Anhembi, em São Paulo. A entrada é gratuita para profissionais do setor.


 

Serviço:

Intermodal South America – 29ª Edição

Data: 22 a 24 de abril de 2025.

Local: Distrito Anhembi.

Horário: das 13 às 21h.

Mais informações: Clique aqui

Credenciamento Imprensa: Clique aqui

 

Sobre a Intermodal South America

A Intermodal South America, o maior e mais completo evento das Américas para o setor de transporte de carga, tecnologia, logística, intralogística e comércio exterior, é o principal ponto de encontro para as mais importantes empresas de toda a cadeia de valor. Serão três dias de evento presencial, de 22 a 24 de abril de 2025, no Distrito Anhembi, que representa um momento único para todos os players e profissionais destes mercados. 

 

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